Venha conhecer O Segredo de Eulália (e desabafo)

 


Faz tempo que não atualizo esse blog, né? Bem, eu só vim aqui convidar vocês para lerem O Segredo de Eulália na Fizzo. É só baixar o app na playstore e pesquisar pelo título do livro ou por meu nome "Daniele Claudino" e ler todos os capítulos gratuitamente. Eu tenho a história completa, mas ainda estou estou postando. Como eu coloquei seis livros em um só, não se assustem com a quantidade de capítulos. A história começa como um romance leve com um pouco de suspense e alguns assassinatos perto do capítulo 38 e lá pelo capítulo 38 começa a fase dois da história, onde os personagens já não são mais adolescentes e se tornaram adultos, com responsabilidades, filhos e sobretudo muita culpa. Os assassinatos recomeçam pela metade dessa segunda fase e todos são suspeitos até Nielee, a protagonista. Na terceira fase entram as facções Ifrit e Ghoul que são rivais. Enquanto uma só quer causar a anarquia pela cidade, a outra quer combater os criminosos. Jovens são recrutados através de um fórum na deep web pelo líder da Ifrit e após passarem por uma iniciação sangrenta (assassinar a família) são treinados para se tornarem assassinos e ladrões. 
Uma mulher permanece cativa do perverso líder jinn (como são chamados os membros da Ifrit, já que Ifrit, segundo o folclore é uma classe de jinns, seres elementais do Fogo, conhecidos aqui no Brasil como gênios) enquanto todos pensam que ela está morta e seu parceiro não pode salvá-la, pois, está preso em um hospital psiquiátrico. A mulher consegue ajudar uma prisioneira da Ifrit e a convence a ajudá-la, avisando alguém de seu passado que ela está viva. Esse alguém, então, acompanhado de seu melhor amigo, parte em missão de resgate, mas ele conseguirá enfrentar a facção criminosa sem a ajuda da polícia?
     Quando escrevi O Segredo de Eulália (que na época tinha outro nome e era só uma fanfic de Amor Doce) eu era fascinada por palhaços, bonecas e psicopatas, por isso, estes elementos estão muito presentes na história. Na primeira vez que postei a história, eu não deixei claro sobre a condição mental (esquizofrenia) da protagonista, mas agora, assim como a Neelam de Elo Mortal, eu deixei isso mais explícito. Houve romantização da psicopatia de minha parte? Até certo ponto da história, mas chegando no final, as coisas dão uma virada e eu mostro como as coisas realmente são, por isso, leia até o final antes de julgar. Eu quis mostrar como seria se uma mente instável e facilmente manipulável se conectasse com uma mente manipuladora, por isso, pelo olhar da PROTAGONISTA e não o MEU ela ama alguém que talvez não devesse amar por ser uma pessoa ruim, porém, esse alguém sempre foi gentil com ela - mesmo machucando pessoas que ela gostava - então, eu não romantizei violência. Inclusive, ela odeia o homem que abusa dela de todas as formas possíveis. Fiz possível para que não houvesse aquele lance de síndrome de estocolmo, embora eu ache que amar alguém que matou suas amigas - ainda que ele nunca tenha te agredido verbalmente e fisicamente - também é errado, e eu mostro isso em determinada parte da história.
Eu trago a tona temas sensíveis como estupro e aborto, e embora sejam temas polêmicos eu tomei cuidado para que nada ficasse muito explícito. Alterei vários parágrafos para que a história não fosse censurada pela Fizzo, mas ainda assim se eles censurarem, as cenas de violência e confronto das facções com a polícia, eu edito novamente e corto ou deixo implícito as coisas. Se quiser ler sem tantos cortes, comece o quanto antes, porque depois, algumas cenas não serão tão detalhadas por conta das regras da plataforma. Lembrando que estou escrevendo sobre psicopatas e doentes mentais que não raciocinam ou agem como as pessoas "normais", por isso, algumas cenas podem ser difíceis de serem lidas. Para equilibrar isso, tem o Ghoul e a Medusa que são facções rivais da Ifrit e que, embora criminosas, são menos violentas e lutam contra o fim da Ifrit.
A protagonista é uma mulher frágil e facilmente manipulável, com caráter questionável, eu assumo, mas estava cansada das convencionais mocinhas, por isso, fiz alguém mais insana. Em compensação as outras mulheres da história tem personalidade forte e não são nada indefesas. Tenho certeza de que você vão gostar da Rebeca e da Giselle. Só esperem para conhecê-las mais a frente e descobrir do que elas são capazes.
Foi muito difícil escolher com quem deixar a protagonista no final porque as leitoras estavam divididas entre as opções, mas eu acredito que fiz a melhor escolha, embora, às vezes, eu me arrependa um pouquinho disso porque não era bem o que eu realmente queria, porém, para a história não ser AINDA mais criticada do que já foi na época, eu dei o final que uma parte das leitoras queria, então, eu acho que pelo menos não preciso me preocupar em ser a nova escritora polêmica que romantiza relações não tão saudáveis. Acredito que os escritores deveriam ter mais liberdade criativa e poderem por para fora suas loucuras, mas se fizermos isso MUITA gente vai nos mandar para a fogueira, por isso, as coisas permanecem preto no branco, mal e bom, sem cinza, sem meio termo. Eu sei que tem gente que escreve umas coisas pesadas que até eu fico assustada, mas não sei... Talvez eu até mude o final da minha história ou coloque um alternativo (acho que essa opção é mais segura) só para não me sentir censurada, afinal, hoje em dia é moda romantizar o crime e os criminosos... Eu estou bem dividida entre fazer o politicamente correto ou me soltar. O mesmo eu fiz com Encanto Maligno, tornei dois irmãos (que nem eram irmãos de sangue já que um era adotado), primos só para não ser massacrada pela turma que acha que se você escreve sobre incesto é incestuoso. Eu amei Jervis Tetch da série Gotham e poxa, eu fico toda feliz só de me imaginar escrevendo sobre um cara apaixonado pela própria irmã (claro, sem ela corresponder), ou um tio que gosta de sua sobrinha (eu só não curto padrasto e enteada/madrasta e enteado), mas o povo é cruel... 
Lembro que uma garota que escrevia sobre incesto no wattpad foi muito criticada, o povo chegou ao extremo de dizer que ela queria ficar com o próprio irmão. Eu não li a obra dela então não posso dizer se era romantizado ou não, mas acho que deveriam ter pegado leve, porque uma coisa é você escrever sobre algo que acontece (sim, tem muito incesto por aí, alguns com consentimento, outros não) e outra diferente é você praticar. Eu tenho três irmãos, mas não namoraria com nenhum deles porque eu amo eles como uma irmã ama seus irmãos. Também tenho dois tios e algumas tias e nem em sonho eu fantasiaria com eles ou algo parecido. O fato de eu curtir um personagem como Jervis não me torna incestuosa de jeito nenhum. Assim como escrever sobre psicopatas não me torna uma. Quando escrevia O Segredo de Eulália tinha gente que achava que eu era psicopata! Porra! Eu não sou psicopata. Detesto pessoas (não me julguem, muita gente me desapontou) mas amo animais e nunca machucaria ninguém, a não ser que fosse para me defender.
Mês que vem eu começo a atualizar Somente Você (está na fizzo), meu livro de contos e já aviso de antemão que vai ter sim incesto, com um tio perverso e também com uma tia não tão perversa e um tio que bem... Só leia se você tiver alguma tolerância. Não vou romantizar tudo, afinal, eu gosto de ser criativa e REALISTA, então cada personagem meu vai reagir de um jeito, vai ter aquela que vai ter nojo da ideia de um parente lhe amar e vai ter aquela que não verá problema. É nessa vibe. Sacaram? Eu li em um blog uma vez (não lembro mais o nome) que em certos lugares da Itália o incesto era comum (parece que até no Japão é), por isso, esse será o cenário para muitas dessas histórias, principalmente porque envolve máfia, como eu não me imagino escrevendo sobre Morro e nem sobre os russos (eu sei, tenho aquela história que se passa na Rússia para terminar) a maioria das minhas histórias agora vai se passar na Itália. Eu não tenho preconceito contra as histórias de Morro, mas eu não conseguiria escrever uma nem que eu quisesse. Sobre a máfia italiana, eu vi alguns filmes e Gotham, então dá para dar uma enrolada e se se virar. Acho que se escrevi sobre facções (sem citar nenhuma facção real porque eu morro de medo dessa gente), acho que posso escrever sobre a máfia, sem colocar nenhum nome de máfia real para não dar problema depois. Vai que os caras são como a Ifrit, leem o que você escreveu, não gostam e vem atrás de ti. Já pensou? Medo.
Eu sempre escrevi sobre bilionários, psicopatas, mas bilionário... E vou continuar escrevendo porque eu simplesmente amo suspense, mas agora como estão em alta nas plataformas digitais de publicação eu também vou escrever sobre máfia, chefe e ceo. De alguma forma, eu já escrevia, só estou adaptando melhor minhas histórias para eles se tornarem mais populares. O que me dói é que não haja espaço para Terror, há um pouco para Fantasia, mas para o Terror é meio difícil e é um dos gêneros que eu mais amo escrever. Não voltar para a Amazon porque minha experiência lá não foi boa. Também não penso em publicar livros físicos, mas talvez eu publique, só é difícil vender, e se gasta tanto com revisão, diagramação e capa que acho que não compensa. O que os brasileiros mais gostam é romance, então, eu até posso escrever sobre psicopatas e fadas, mas tem de ter o tal romance no meio ou do contrário dificilmente alguém vai ler. Houve um tempo em que Spirit e Wattpad eram ótimos para postar esse tipo de história, mas hoje, está difícil.... Fanfics, só bombam se forem de ídolos coreanos. Histórias, originais ou não, se tiverem ceo, máfia e morro. Fantasia só existe vampiro e lobisomem, então, para mim que quero viver de escrita tenho que me adaptar e escrever sobre o que vende mais, mas mesmo me tornando o que gosto de chamar de "prostituta literária" (já que eu estou me vendendo), farei o possível para que minhas histórias ainda tenham o que eu gosto, um elfinho ali, um psicopata aqui, um irmão com sentimentos incestuosos ali, etc.
Com prostituta literária eu estou me referindo somente a mim, não a quem escreve sobre esses temas que estão em alta. É que eu me sinto assim, sabe? Porque ou me vendo ou minhas histórias não são lidas e não tem nada mais triste para um escritor do que não ser lido. Ok que o hate também é horrível e espero nunca mais passar por isso porque nem sei se tenho psicológico que uma autora aí tem. Sério, eu admiro a garota porque ela pode não escrever bem e escrever sobre um tema polêmico, mas pelo menos ela escreveu sobre o que quis, viveu a fantasia dela, por mais louca que seja. Quando escrevemos, às vezes, só queremos viver alguma coisa bizarra ou louca, mais por curiosidade de entender como tem gente que passa por aquilo, bem, comigo é assim. Eu ponho um pouco de mim em cada personagem que crio, até nos vilões, mas novamente... Não sou psicopata (haha, sorte de vocês se não a Anarquia ou a Ifrit realmente seria uma ameaça) nem maluca, nem vadia (quem me segue em A Dança Das Fadas e lê O Legado da Banshee sabe que eu sou vadia só no plano astral, aqui eu sou quase uma freira), eu só uma garota curiosa (que já quis muito ser psiquiatra e até agente federal) que curte casos criminais e busca entender como funciona a mente de uma pessoa que não é considerada mentalmente sã. Isso sempre me intrigou. Até que ponto somos diferentes e até que ponto somos iguais?
Bem, eu já escrevi muito aqui e pouco os capítulos da minha história nova, então, vou ficando por aqui. Beijinhos. 
 

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