Saiona

 

      Quando você for à Venezuela, tome cuidado, pois é lá que vive esse fantasma assustador. Saiona foi uma mulher extremamente bonita chamada Melissa, que se casou com um bom marido e teve um filho com ele. Num belo dia, enquanto Melissa tomava um banho de rio, um homem estranho se aproximou e disse a ela que seu marido estava tendo um caso com a sua própria mãe. Atordoada, ela saiu do rio correndo e foi até sua casa. Chegando lá, deparou-se com o marido e o filho dormindo calmamente na cama do casal.
          Mesmo diante de um cenário sem suspeitas, Melissa estava completamente fora de si e queimou sua casa inteira, matando não apenas o marido, mas também o filho. Saindo dali, ela correu para a casa de sua mãe e a esfaqueou até a morte. Antes de dar o último suspiro, porém, a mãe amaldiçoou a filha e disse que ela estaria destinada a vagar pelo mundo, matando todos os maridos infiéis.
            Hoje ela é uma linda mulher, geralmente vista em estradas, tentando fisgar homens casados para, então, matá-los.

Myling

Imagem de Stephen Wiley por Pixabay
 



No folclore escandinavo , os mylingar são as encarnações fantasmagóricas das almas de crianças não batizadas que foram forçadas a vagar pela terra até que pudessem convencer alguém (ou causar um tumulto suficiente para fazer com que seus desejos fossem conhecidos) para enterrá-los adequadamente.
     Diz-se que o myling (também conhecido como "utburd" ou "ihtiriekko" em finlandês ) persegue os viajantes solitários à noite e pula em suas costas, exigindo ser levado ao cemitério para poder descansar em solo sagrado. Pensa-se que os Mylings são enormes e, aparentemente, ficam mais pesados ​​quando se aproximam do cemitério, a ponto de qualquer pessoa carregando um (ou mais) afundar no solo. Se alguém não conseguir entrar no cemitério, o myling mata sua vítima, com raiva.
    A palavra "utburd" significa "aquilo que é levado para fora" e refere-se à prática de abandonar crianças indesejadas (por exemplo, crianças nascidas fora do casamento ou de pais que não tinham meios para cuidar delas) na floresta ou em outros lugares remotos, onde, é quase certo, que a morte os aconteça. Acredita-se que os fantasmas da criança assombrem o local em que morreram ou, como é relatado em inúmeras histórias, as habitações de seus assassinos.
    Esse infanticídio, geralmente, é realizado secretamente e, suas vítimas foram, frequentemente, abandonadas, logo, após o nascimento. Da perspectiva de certas denominações cristãs, é negado aos bebês o batismo, a aceitação na Igreja e o enterro adequado. Como tal, eles não podem descansar em paz.
     A crença de que os mylings estão enfurecidos e buscando vingança é o que lhes deu a reputação de ser um dos tipos mais ameaçadores de fantasmas do folclore escandinavo. 


Fonte:




Objetos assombrados

 

 Todo mundo tem ou já teve algum objeto antigo que pode ter sido herdado ou adquirido através de alguma loja especializada em venda de artigos usados, mas você conhece a origem desse objeto? Sabe a quem pertencia antes de ser vendido à loja e a você?
           Alguns objetos, em especial, podem ser amaldiçoados. Muitas pessoas se apegam tanto a um objeto que, mesmo depois de mortas, continuam adorando o mesmo. É o caso das crianças que estimam muito um brinquedo e, depois de mortas ainda podem regressar para brincarem com seu brinquedo favorito. Era um costume antigo, enterrar junto a criança seu brinquedo favorito para que ela pudesse brincar com ele no além túmulo. Hoje, em dia, as pessoas não respeitam esse, e outros costumes. E, quando alguém morre, sua família logo trata de se livrar de todos os seus pertences, doando ou vendendo tudo o que o falecido tanto estimava. Isso poderia irritar o morto, especialmente, se ele fosse muito apegado aos seus pertences.
         Conheça a seguir alguns objetos assombrados que ficaram famosos:


O boneco Robert

 

Em 1896, este boneco assustador pertencia a uma criança chamada Robert Eugene Otto, em Key West, Florida. O boneco tinha sido dado a ele por uma empregada de seus pais, descontente e que praticava magia negra, e que não gostava de a família do menino. O menino adorava o boneco, batizando-o como Robert - seu próprio nome - e que muitas vezes falava com ele por longas horas. Servos da casa de Otto tornaram-se preocupados, no entanto, quando eles juraram que podiam ouvir uma voz fantasma respondendo ao menino, e vizinhos afirmaram ter visto o boneco em movimento de janela em janela na casa de Otto quando ninguém estava lá. Logo, o boneco começou a fazer travessuras, e a criança assustada afirmava que ele não tinha parte nisso. Quartos eram desarrumados, vasos quebrados, e os pais da criança diziam ser Otto o culpado, mesmo que ele parecesse extremamente assustado e insistia que o boneco tinha feito as obras. Robert herdou a casa e morreu em 1972, assim que a casa foi comprada por outra família. Uma menina que tinha acabado de se mudar para a casa encontrou o boneco no sótão e ficou instantaneamente com medo dele. Ela disse que a boneca estava viva e queria matá-la. Robert finalmente acabou em uma galeria de arte e um museu histórico em Key West , onde permanece em exibição até hoje. Curiosamente, os visitantes do museu afirmam que eles devem pedir permissão para tirar uma fotografia da boneca. Se não o fizerem , a lenda diz que a boneca vai te amaldiçoar. O museu exibe cartas de chamados indivíduos "malditos" que têm escrito para Robert, desculpando-se por não pedir para tirar uma foto dele, e pedindo para ser liberado de seu feitiço.

 A boneca Annabelle

 
 

Em 1970, uma mulher comprou uma boneca de pano antiga e deu de presente para a filha. Entretanto, algum tempo depois, a moça começou a perceber estranhos eventos relacionados com o brinquedo, que parecia se mover sozinho e era descoberto em diferentes cômodos da casa sem que ninguém o tirasse do lugar. Além disso, a moça também passou a encontrar papéis rabiscados com letra de criança, e viu a boneca de pé sozinha em uma ocasião.
         Depois de conversar com um médium, a moça foi informada de que a boneca estava possuída pelo espírito de uma menina — chamada Annabelle — que havia morrido no prédio no qual a jovem morava, e após essa descoberta os eventos paranormais se intensificaram. A moça, então, decidiu apelar pela ajuda de um famoso casal de “caça-fantasmas”, descobrindo que o brinquedo estava, na verdade, possuído por um demônio mentiroso.

Espelho dos espíritos

 

Esse espelho enfeita uma das paredes da Pousada Myrtles Plantation, localizada nos EUA, e supostamente contém os espíritos de uma mulher chamada Sara Woodruff e seus filhos. A família foi envenenada e, em vez de o espelho ser tapado com um lençol — um costume norte-americano — durante o funeral, o objeto ficou descoberto, aprisionando as almas dessas pessoas.
Diversos hóspedes afirmaram ter visto figuras no espelho e digitais de crianças na superfície, e apesar de supostamente ser assombrado, esse não é o único aspecto sinistro sobre a pousada. A estrutura foi construída sobre um antigo cemitério indígena, e circulam rumores de que pelo menos 10 assassinatos ocorreram no local. Myrtles Plantation é conhecida como uma das casas mais assombradas dos EUA, e eventos paranormais ocorrem praticamente todos os dias.

A caixa Dibbuk

 A Caixa Dibbuk nada mais é do que uma caixa para vinho de madeira que, segundo o folclore judaico, contém um espírito sinistro capaz de assombrar e possuir os vivos. Inclusive existe um filme sobre ela, baseado em um caso famoso ocorrido no Oregon, nos EUA. Tudo começou depois que um colecionador de antiguidades comprou a caixa em um leilão, e depois de levá-la para a sua loja, uma série de coisas assustadoras começaram a acontecer.
       Alguns dos eventos descritos eram sons sinistros vindos do local no qual a caixa ficava guardada, todas as lâmpadas da loja aparecendo quebradas e a presença de um cheiro terrível de urina de gato no ambiente. O colecionador, amedrontado, resolveu se desfazer da caixa, mas todas as pessoas que receberam o objeto de presente — presente de grego! — o devolviam pouco tempo depois, afirmando que havia algo demoníaco sobre ele.
           Por fim, após se vivenciar diversos acontecimentos paranormais em casa — como ver sombras sinistras e ter sempre o mesmo pesadelo terrível —, o colecionador decidiu leiloar o objeto no eBay, incluindo uma descrição detalhada sobre todos os acontecimentos relacionados com a caixa. Ela foi comprada pelo curador de um museu no Missouri, que lançou um livro (que deu origem ao filme) contando a história do objeto.
            A Caixa Dibbuk havia pertencido a uma senhora judia que sobreviveu aos campos de concentração nazistas durante a guerra, e quando emigrou para os EUA, levava consigo apenas a caixa e outro par de pertences. A mulher havia expressado o desejo de ser enterrada com o objeto, mas por não se tratar de uma tradição judaica, o pedido não foi atendido. A caixa foi vendida pela neta dessa senhora, algum tempo depois de seu falecimento.

Súcubo

 

Súcubo (em latim succubus, de succubare) é um mito de um demônio com aparência feminina que invade o sonho dos homens a fim de ter uma relação sexual com eles para lhes roubar a energia vital.      
    O súcubo se alimenta da energia sexual dos homens, e quando invade o sonho de uma pessoa ele toma a aparência do seu desejo sexual e suga a energia proveniente do prazer do atacado. Estão associados a casos de doenças e tormentos psicológicos de origem sexual, pois após os ataques se seguiam pesadelos e poluções noturnas nas vítimas. De acordo com a mitologia, são seres que podem viver aproximadamente 750 anos. A contraparte masculina desse demônio é chamada de íncubo.


História

 

Em lendas medievais do oeste, um succubus (no plural succubi) ou succuba (no plural succubae) é um demônio que toma a forma de uma mulher bonita para seduzir homens (especialmente monges), em sonhos de ter intercurso sexual. Elas usam os homens para sustentarem-se de sua energia, por vezes até ao ponto de exaustão ou morte da vítima. São de mitologia e fantasia: Lilith as Lilin (judeu), Lilitu (Sumério), e em fábulas de redações Cristãs (folclores não fazem parte da teologia cristã oficial), considerados succubi.
De acordo com o Malleus Maleficarum, ou "Código Penal das Bruxas", os succubi recolhem sêmen dos homens com os quais copulam para que um íncubo possa, então, posteriormente, engravidar mulheres. Crianças assim nascidas eram para ser supostamente mais suscetíveis às influências de demônios.
Em algumas crenças o súcubo se metamorfosearia no íncubo com o seu sêmen recém-colhido, pronto para engravidar suas vítimas. Deve-se levar em conta a crença de que demônios não podem se reproduzir naturalmente. Porém, o íncubo poderia engravidar uma mulher a partir do sêmen obtido no ataque do súcubo.

Características


 A aparência do succubus varia, mas, em geral, elas são descritas como detentoras de uma sedutora beleza, muitas vezes com asas de morcego e grandes seios. Elas também têm outras características demoníacas, tais como chifres e cascos. Às vezes, aparecem como uma mulher atraente em sonhos que a vítima parece não conseguir retirar da sua mente. Elas atraem o sexo masculino e, em alguns casos, o macho "apaixona-se" por ela. Mesmo fora do sonho ela não sai da sua mente. Ela permanece lentamente a retirar-lhe energia até à sua morte por exaustão. Outras fontes dizem que o demônio irá roubar a alma do macho através de relações sexuais.

Origem da palavra

A palavra "Succubus" vem de uma alteração do antigo latim succuba significando prostituta. A palavra é derivada do prefixo "sub-", em latim, que significa "em baixo, por baixo", e da forma verbal "cubo", ou seja, "eu me deito". Assim, o súcubo é alguém que se deita por baixo de outra pessoa, e o íncubo (do latim, in-, "sobre") é alguém que está em cima de uma outra pessoa.

Crença do Oriente Médio

 

 A versão do succubus conhecida como "um Al duwayce"  retrata o succubus como uma bonita, sedutora e perfumada mulher que vagueia no deserto nos cascos de um camelo. Enquanto outras formas de succubus participam de intercurso sexual para coletar esperma e engravidar mulheres tomando a forma de íncubus, esta succubus em especial é uma juíza da vingança sobre aqueles que cometem adultério. Ela atrai esses homens que têm relação com ela, enquanto que lâminas afiadas existentes dentro de sua vagina decepam o pênis do parceiro, deixando-o angustiante de dor. Após ter deixado o homem impotente, ela se transforma em sua forma verdadeira e o come vivo.

O fantasma de Sundel Bolong


Imagem de Photoshot por Pixabay


Na mitologia indonésia, um sundel bolong é um fantasma mítico do arquipélago, que é uma mulher com belos cabelos longos e um longo vestido branco (sua forma é semelhante a Kuntilanak ). O mito está intimamente ligado às prostitutas, significando uma "prostituta com um buraco nela", em referência ao grande buraco que se diz aparecer nas costas dela.
         O nome "sundel bolong" deriva da aparência física do fantasma. A palavra "sundel", que significa "prostituta" e "bolong" em javanês, significa literalmente "buraco". Os estudos folclóricos modernos acreditam que o mito foi desenvolvido na cultura javanesa para impedir a prostituição que se desenvolveu durante a colonização das Índias Orientais holandesas.
         No folclore, um sundel bolong é a alma de uma mulher que morreu quando estava grávida fora do casamento e, portanto, deu à luz em seu túmulo, ou que morreu durante o parto e o bebê saiu de suas costas (essa é a razão pela qual o buraco foi criada nas costas), que é escondida dos homens por seus longos cabelos negros.
         As vítimas do bolong de sundel consistem principalmente em homens e crianças. Como um espírito vingativo, se rejeitado por um homem, diz-se que o castra. Dizem que crianças, especialmente recém-nascidos, são substituídas pelo filho perdido.



Fonte:
https://en.wikipedia.org/wiki/Pontianak_(folklore)


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Langsuyar - Fantasma ou vampiro?

Imagem de Enrique Meseguer por Pixabay
 


Um langsuyar é um tipo de vampiro, que é o fantasma de uma mulher que morreu durante a gravidez ou o parto. Os Langsuyars diferem do pontianak , que é o fantasma da criança que morreu antes ou depois do nascimento.  Ela assume a forma de uma mulher bonita, com longos cabelos negros que atingem seus tornozelos, embora também possa assumir a forma de uma cabeça de mulher flutuante, da qual penduram entranhas e uma coluna vertebral. Langsuyars também foi descrito como tendo unhas incrivelmente longas, mãos estendendo-se até os pés e vestindo mantos verdes. Ela caça seres humanos, preferindo o sangue de recém-nascidos do sexo masculino, mas também consumindo recém-nascidos do sexo feminino. 
        Em seu livro Malay Magic, Walter William Skeat, um antropólogo inglês, registrou as origens do mito langsuyar, conforme relatado pelos malaios em Selangor :
    O Langsuir original (cuja personificação deveria ser uma espécie de coruja da noite) é descrito como uma mulher de beleza deslumbrante, que morreu com o choque de ouvir que seu filho era natimorto e tomou a forma do Pontianak. Ao ouvir essas notícias terríveis, ela “bateu palmas” e, sem mais avisos, “voou reluzindo para uma árvore, sobre a qual estava empoleirada”. Ela pode ser conhecida por seu manto de verde, por suas unhas afiadas de comprimento extraordinário e pelas longas madeixas negras que ela deixa cair até os tornozelos - só que, infelizmente! (pois a verdade deve ser dita) para esconder o buraco na parte de trás do pescoço, através do qual ela suga o sangue das crianças! No entanto, essas tendências parecidas com vampiros podem ser combatidas com sucesso se forem adotados os meios certos, pois se você for capaz de pegá-la, cortar as unhas e as madeixas luxuriantes e enfiá-las no buraco no pescoço, ela tornar-se manso e indistinguível de uma mulher comum, permanecendo assim por anos. Casos são conhecidos, de fato, em que ela se tornou esposa e mãe, até que ela foi autorizada a dançar em uma festa de aldeia, quando ela imediatamente voltou à sua forma fantasmagórica e voou para a floresta escura e sombria de onde ela veio.


  O langsuyar está associado a certas árvores e à samambaia parasitária "sakat", que cresce em grupos verde-escuros e é considerado um local de descanso comum. Os lenhadores que colhem madeira das árvores Rengas venenosas na Malásia devem realizar exorcismos elaborados para evitar serem assombrados por langsuyars e outros espíritos. Langsuyars também são associados a um falcão-noturno ou coruja, que se diz empoleirar-se no telhado da casa enquanto uma mãe ou criança está sendo atacada pelo vampiro. Em algumas tradições, os langsuyars assumem a forma de um pássaro noturno, e acredita-se que o assovio de uma coruja é o grito de uma mulher que procura seu filho perdido.
          O resto da tribo pode impedir que uma mulher falecida retorne como langsuyar colocando contas de vidro na boca do cadáver, um ovo de galinha debaixo das axilas e agulhas nas palmas das mãos. Acredita-se que, se isso for feito, a mulher falecida não poderá se tornar uma langsuyar, pois ela não pode abrir a boca para gritar ou agitar os braços e abrir e fechar as mãos enquanto estiver voando.
          No folclore de Sakai , um povo indígena da península malaia do norte, um langsuyar pode ser repelido usando encantos ou cânticos contra o demônio. As folhas dos gandasuli também são consideradas um poderoso encanto contra os langsuyars.


Fonte




A lenda de Siguanaba

 




Em El Salvador, Siguanaba ainda deixa muita gente assustada. Tudo começou quando Siguanaba se apaixonou pelo filho do deus asteca Tlaloc. Acontece que a moça não era muito “flor que se cheire” e tinha, inclusive, o costume de abandonar o próprio filho pequeno para se encontrar com seu amante.
         Quando Tlaloc descobriu as traições da moça, lançou uma maldição contra ela, fazendo com que ela parecesse linda de longe, mas completamente assustadora de perto. O nome “Siguanaba” significa, inclusive, “mulher horrível”. Ela foi condenada também a vagar pelo mundo, à procura de novos homens para atrair.

           Em El Salvador, a lenda diz que ela costuma lavar roupas no rio e procura pelo filho, a quem foi dado o privilégio da imortalidade. Além disso, ela procura se aproximar de homens infiéis ou que são conhecidos pela fama de dormir com muitas mulheres.
         A assombração pode ser vista sempre que está tomando banhos de rio à luz da lua. Os homens atraídos até ela, morrem, geral e literalmente, de susto. A melhor forma de se defender de Siguanaba é usar uma cruz ou algum objeto de metal enquanto se faz uma oração.

Metamorfo

 

Dean Winchester em Supernatural


O metamorfo é uma criatura que tem a habilidade de mudar de forma, assim como o Doppelgänger e o ghoul. Acredita-se que ele não tem uma forma física exclusiva e, assim como o ghoul assume sempre a forma de sua última vítima. Mas diferentemente do ghoul que mata a sua vítima antes de assumir sua forma física, o metamorfo deixaria sua vítima viva para sugar-lhe as lembranças aos poucos e assim se tornar um impostor perfeito. Assim como o ghoul, o metamorfo se refugia em lugares desertos como esgotos, por exemplo. Diz-se que seus olhos são sensíveis à luz, podendo-se assim, identificá-lo. A única forma de matá-lo seria com prata.             

Wendigo



Wendigo (também Windigo, Windago, Windiga, Witiko, Wihtikow e outras variações) é um criatura sobrenatural que faz parte da mitologia do povo indígena da América do Norte Ojíbuas. De acordo com a mitologia, o Wendigo é formado a partir de um humano qualquer, que passou muita fome durante um inverno rigoroso, e para se alimentar, comeu seus próprios companheiros. Após perpetuar atos canibais por muito tempo, acaba se tornando este monstro e ganha muitos atributos para caçar e se alimentar mais como, por exemplo, poder imitar a voz humana, escalar árvores, suportar cargas muito pesadas, e além disso tem uma inteligência sobre humana. O Wendigo também tem a capacidade de hibernar por anos, e para suportar os invernos, estoca suas vítimas em cavernas subterrâneas onde as devora lentamente. De acordo com a mitologia indígena, para destruir um Wendigo é preciso queimá-lo, pois segundo os indígenas, Wendigo tem um corpo sobre humano também que lhe permite sobreviver a qualquer tipo de ferimento inconstante.

Churel

 

Essa figura assustadora pertence ao folclore indiano, e suas histórias são contadas principalmente no norte do país. Um dos principais itens que identificam a presença da temida Churel é o seu grito ensurdecedor. Conta a lenda que ela foi uma mulher grávida que morreu e acabou dando à luz sob os sete palmos de seu túmulo.
     O bebê de Churel teria sido fruto de um ato de violência sexual e, desde então, a mulher, mesmo morta, vaga pelas ruas à noite seduzindo homens e cortando seus pênis fora, sem a intenção de matar – pelo contrário: ela quer trazer uma vida cheia de muita dor a todos aqueles que se deixam seduzir por ela e seu visual fantasmagórico, sanguinário, doente e sombrio.
      Churel tem os pés tortos e consegue andar tranquilamente em qualquer direção sem precisar virar todo o corpo. Quando está diante de suas vítimas, as hipnotiza com o olhar antes de desferir o golpe quase fatal. Depois de estar em total posse do pobre coitado da vez e de ter retirado o órgão sexual de quem se deixa seduzir por ela, Churel drena o sangue de sua “presa”, quase como se fosse um vampiro.


Kuchisake-onna

 

 Diz-se que sua imagem mais comum é de uma mulher muito bonita, alta e com longos cabelos negros. Geralmente aparece trajada com um longo casaco e portando uma enorme tesoura. Todas as versões a descrevem usando uma máscara cirúrgica que lhe cobre a parte inferior do rosto, semelhante às máscaras que os japoneses normalmente usam para proteger-se de doenças.
Contam que a máscara esconde o enorme corte na boca que se estende de orelha a orelha. Algumas versões afirmam que ela possuiu muitos dentes afiados, que são exibidos quando abre o horripilante sorriso.
        Quando Kuchisake-onna acha sua vítima, ela pergunta: “Watashi kirei?” (Você me acha bonita?), se a vitima responder sim, ela retira a máscara e pergunta: “Mesmo assim?”.
Na língua japonesa, “kirei” quer dizer bonita e “kire” é o imperativo do verbo cortar, ambas as palavras produzem sons parecidos.
           Dizem que antes de a vítima responder a pergunta, Kuchisake-onna arranca a máscara para revelar sua enorme boca cortada, que ao abrir revela seus dentes afiados e uma grande língua vermelha contorcendo dentro da assustadora boca.
 “E agora, você ainda me acha bonita?”, pergunta a terrível mulher. Se a vítima der “não” como resposta, terá a garganta degolada, e se disser “sim” terá o mesmo fim.
Algumas versões contam que ela mata suas vítimas cortando não só garganta, mas também a boca, de orelha a orelha, ou separa a cabeça do corpo.
             Acredita-se que a única maneira de ter alguma chance de sobreviver é dar uma resposta não comprometedora como, por exemplo: “Você é mais ou menos bonita”, o que deixará a Kuchisake-onna confusa, tempo suficiente para a vítima tentar fugir.
            Existem diversas versões de como Kuchisake-onna teve a boca cortada. Alguns dizem que foi o resultado de uma cirurgia plástica mal sucedida. Outros contam que ela foi vítima de um terrível acidente de carro. Existe também a versão de que ela é o espírito de uma doente mental que fugiu de um hospício e, de tão demente, cortou a própria boca.
            Há uma variação da lenda na Coreia do Sul que diz que há meia-noite, três mulheres com boca rasgada perguntam qual das três é mais bonita.Se a pessoa responder uma delas,as outras duas a matam.
        De acordo com uma lenda, anos atrás, no Japão, vivia uma mulher muito bonita e extremamente vaidosa. Seu marido era um homem muito ciumento e violento. Certo dia, ele ficou convencido de ela o estava traindo e, num acesso de raiva, pegou uma faca e cortou a boca da esposa de orelha a orelha. Depois ele gritou: “Quem agora irá achar que você é bonita”. A partir de então, a mulher se tornou um espírito vingativo e passou a vagar pelas ruas em busca de pessoas que fossem bonitas, de preferência crianças, para fazer com elas o mesmo que o marido lhe fez.
             
        


O que são Yokais

 

 Um Yokai é um demônio, espírito ou monstro, também escrito como youkai, é uma classe de criaturas sobrenaturais do folclore japonês, que inclui o oni (ogro), a kitsune (raposa) e a Yuki-onna (mulher da neve). Alguns são humanos com características de animais, ou o contrário, como o Kappa (criança do rio) e o Tengu (cães sagrados). Um yōkai geralmente tem algum tipo de poder sobrenatural ou espiritual, e assim encontros com humanos tendem a ser perigosos. Um yōkai que tem a habilidade de se transformar é chamado de obake. O termo yōkai é ambíguo, e pode ser usado para designar todo tipo de monstro e criatura sobrenatural.

Aka-name

Aka-name  é um youkai japonês. Ele aparece à noite em banheiros sujos quando não há ninguém por perto e lambe o lodo e a sujeira. Ter um aka-name em casa é desagradável, por isso a criatura serve como aviso para que sempre se mantenha o banheiro limpo.

Amanojaku

Amanojaku, ou Amanjaku ("um espírito muito mau") é um youkai japonês parecido com um demônio. Geralmente é descrito como um pequeno oni que consegue despertar os desejos mais sombrios em uma pessoa.
A mais famosa história em que amanojaku aparece é no conto de fadas, Urikohime ("princesa melão"), em que uma menina nasce de um melão e é adotada por um casal de idosos.
Ingenuamente ela solta amanojaku, que rapta ou devora ela.
O amanojaku é derivado do Amanozako , uma divindade má do xintoísmo, que também tem a natureza contraditória e a habilidade de ver o coração da pessoa.
Essa criatura também aparece no budismo, mas provavelmente seria um sincretismo com yaksha, que é o oponente dos ensinamentos budistas. Essa criatura se alimenta do medo das pessoas.

Ami-Kiri

Ami-kiri  — "cortador de rede" — é um youkai japonês ilustrado por Toriyama Sekien no seu Gazu Hyakki Yako. Foi retratado como um animal semelhante a uma cobra voadora com cabeça de pássaro e patas de lagosta. Diz que o ami-kiri é uma criatura travessa que faz buracos em mosquiteiros durante as noites de verão e que também pode ser visto danificando redes de pesca e roupas colocadas ao sol para secar.

Azuki-arai

Azuki-arai  é um youkai japonês. Diz-se que próximo a rios ou outras fontes de água pode-se ouvir o som de feijões azuki sendo lavados. Às vezes, a criatura ou espírito entretem-se cantando "Azuki togō ka, hito totte kuō ka? Shoki shoki." ("Moerei meus grãos de azuki ou comerei alguma pessoa? Shoki shoki."), e qualquer um que se aproxime cairá na água. Muitas vezes culpam-se Tanukis ou doninhas em seu lugar.

Betobeto-san

    Betobeto-san é um youkai japonês da província de Nara que segue as pessoas em estradas durante a noite ou durante a chuva. Costuma ser percebido através do som de seus passos que acompanham os dos viajantes, como se os seguisse, pois não pode ser visto quando estes olham para trás. Para repeli-lo é preciso repetir algumas vezes o encantamento "Betobeto-san, betobeto-san siga em frente" e ele seguirá.

Hari-onagu

Hari-onagu ou Harionna é um youkai feminino japonês. Diz-se que é uma mulher bonita com cabelos extremamente longos pontilhado de espinhos. Ela consegue controlar seu cabelo e o usa para capturar homens. Vaga pelas estradas da província de Ehime em Shikoku em busca de vítimas. Quando encontrar um homem jovem ela sorrirá para ele e se ele sorrir de volta ela o atacará com seus cabelos.

konaki-jiji

Konaki jiji é um monstro que pode mudar seu tamanho e seu peso. Ele assume a forma de um pequeno bebê com o rosto horrível de um velho, e se deita à beira da estrada, esperando por uma vítima. Quando um viajante passa e pega o bebê no colo, ele começa a chorar. À medida que ele chora, seu peso e tamanho vão aumentando gradativamente. Finalmente, seu enorme peso esmaga a vítima. Konaki jiji significa “velho que chora como um bebê”.


Ubume

  Ubume  é um youkai japonês ou bakemono, é o espírito de uma mulher que morreu no parto, às vezes é contada como uma mulher morreu para ter certeza que o filho sobreviveria. Muitas vezes aparecem como geralmente os espíritos japoneses aparecem, usando robes brancas, e tendo um cabelo longo e escuro.
Em algumas histórias, ubume compra doces e outras comidas para as crianças que ainda estão vivas com moedas que depois se transformam em folhas secas. Em outras histórias, ubume atrai a atenção de um humano vivo, e o leva até o local onde seu filho está escondido.

Yuki-Onna

 

A Yuki-onna, associada ao inverno e tempestades de neve, é considerada o espírito da neve personificada, mas em outras lendas dizem que ela é o espírito de alguém que morreu enterrado na neve, de frio. Algumas pessoas acreditam que ela seja uma princesa da lua, que desceu para investigar a Terra. Ela então descobriu que não conseguia voltar para a lua. Dizem que essa princesa ajuda pessoas perdidas na neve.
         A Yuki-onna é uma mulher alta, magra e surpreendentemente bonita. Ela é muito pálida. Em algumas histórias ela veste um kimono branco, mas em outras, ela simplesmente não veste nada.
        Até alguns anos atrás, se acreditava que ela era má. No entanto, acredita-se atualmente que ela protege quem se perde na neve. Na Prefeitura de Iwate, dizem que ela aparece na Véspera do Ano Novo.
     Em muitas histórias, dizem que ela aparece para os viajantes, e em seguida, os congela com seu hálito de gelo. Em alguns contos, ela se manifesta carregando uma criança.
    No entanto, em algumas lendas, a Yuki-onna é descrita como uma figura pior, dizendo que ela invade a casa das pessoas para mata-las enquanto dormem (em algumas versões, dizem que ela tem que ser convidada primeiro, similar a um Vampiro).


Apesar disso, como a neve que ela representa, ela tem um lado bom. Um mito diz que ela deixou um garoto escapar um dia, devido a sua generosidade, mas ela fez o garoto prometer nunca mencionar isso. Anos depois, ele fala isso para sua esposa, esta revela que é ninguém menos do que a Yuki-onna, que então, vai embora sem dizer uma palavra. Em uma lenda similar, após um homem descobrir que sua esposa era a Yuki-onna, esta derrete, assim como a neve.

La Llorona

 


La Llorona é uma das mais famosas lendas mexicanas. Assim como no Brasil, existem várias versões do mito, Sendo que a mais difundida é a que remota do século XVI, quando os moradores da Cidade do México se refugiavam em suas moradas durante a noite. Isto se dava, especialmente, com os moradores da antiga Ienochtitlan, suas portas e janelas e todas as noites eram acordados com o pranto de uma mulher que andava sob a luz do luar, chorando (daí o nome que significa A Chorona). Este fato teria se repetido durante muito tempo.
        Aqueles que tentaram averiguar a causa do pranto, durante as noites de lua cheia, disseram que a claridade lhes permitia ver apenas uma espessa neblina rente ao solo e aquilo se parecia com uma mulher vestida de branco, com um véu a cobrir o rosto, percorrendo a cidade em todas as direções - sempre se detendo na Plaza Mayor, onde ajoelhava-se voltada para o Oriente, e em seguida, levantava-se para continuar sua ronda. Ao chegar às margens do lago Texcoco desaparecia. Poucos homens arriscaram-se a aproximar-se do espectro fantasmagórico- aqueles que o fizeram sofreram com espantosas revelações ou morreram.


Outra relata a tragédia de mulher rica e gananciosa que,  enviuvando-se, perdeu a riqueza e, não suportando a miséria, afogou seus filhos e matou-se, mas retornou para pecar por seus crimes.
          Seria, por outra, uma jovem apaixonada que morrera um dia antes de casar-se e, trazia para seu noivo um buquê de rosas, que nunca chegou a entregar.
       Uma variante relata que seria uma esposa morta na ausência do marido, a quem voltaria para dar um beijo de despedida.
       Diz, ainda outra versão, que essa mulher foi assassinada pelo marido e aparecia para lamentar sua morte e protestar sua inocência.
         Outra variante diz que ela foi uma princesa inca que tinha se apaixonado por um soldado espanhol. Eles viveram um grande romance e tiveram um filho. Para ele era um filho bastardo, e casou-se com outra. A princesa então afogara a criança, e o arrependimento por seu crime a fizera morrer.
           Já outra versão, baseada na versão Venezuelana, diz que este seria o espírito de uma mulher que após descobrir as traições do marido teria tido um surto de loucura e afogado os próprios filhos. Após tomar consciência do que fizera, ela teria se matado. E agora, ela vaga pelas estradas punindo com a morte os homens infiéis


La Llorona no Brasil:



   No Brasil existem várias versões deste mito, eis as mais comuns:


* Uma mulher grávida de gêmeos, prestes a dar à luz, logo após o casamento, foi abandonada pelo marido. Quando os filhos nasceram, ela os matou e fugiu de casa. Mais tarde, percebeu o erro que cometera. Uma das maneiras de destruí-la seria seria fazê-la ir até onde os filhos estão enterrados.


* Uma bela jovem que aparece nas estradas e pede carona aos homens. Muito bela e sedutora, tenta fazê-los cometer traição. Se ele realmente trair, ela o mata sem piedade, caso contrário, ela apenas o fere e desaparece.


* Aparentemente, uma mulher que anda pelo cemitério...madrugada a dentro, vagando pelas lacunas e sepulturas. Ouve-se o choro dos filhos que ela mesmo matou.


 

Damas de branco

 

 A lenda provém da França, de uma mistura de muitos outros elementos folclóricos do país (como Leanan sidhe, Le Grand Bissetere, Glaisting, as Banshee), se refere a um tipo de criatura sobrenatural, meio fantasma, meio fada, com tendências vampiras bem definidas. Através do nome sugere-se que eram mais de uma e que viviam em grupos. Elas eram uma variação das lavadeiras da meia-noite (almas de mulheres que cometeram alguma maldade quando vivas ou negligenciaram suas obrigações religiosas, sendo forçadas assim a esperar em um cruzamento para atacar suas vítimas), geralmente se encontrando nos cruzamentos de estradas ou cemitérios, tarde da noite, em lua-cheia.
        Dizem que tomavam a forma de mulheres muito bonitas; suas peles eram brancas como marfim, e mesmo nas noites de verão, tanto o hálito quanto seus toques eram frios. Todas as noites, dançavam sob à luz da lua, convidando os que passavam a se juntarem a elas. Ninguém recusava, pois diziam que as mulheres hipnotizavam suas vítimas. Uma vez em seu abraço gelado, a pessoa já estava condenada. Elas drenavam todo o sangue e abandonavam o corpo nas margens da estrada. Haviam poucas coisas que protegiam os viajantes das damas. Crucifixo, bênção de um sacerdote, chamar o Santo nome. Contudo, existiam outras formas além da base católica, provando que a lenda é mais antiga do que se imaginava. O ferro era um elemento de proteção com base mais pagã, extremamente antigo. Usado para afugentar demônios, fantasmas e espíritos.

Lobisomem

 

       Lobisomem ou licantropo é um ser lendário, com origem em tradições europeias, segundo as quais, um homem pode se transformar em lobo ou em algo semelhante a um lobo em noites de lua cheia, só voltando à forma humana ao amanhecer.
       Tais lendas são muito antigas e encontram a sua raiz na mitologia grega. Segundo As Metamorfoses de Ovídio, Licaão, o rei da Arcádia, serviu a carne de Árcade a Zeus e este, como castigo, transformou-o em lobo (Met. I. 237). Uma das personagens mais famosas foi o pugilista arcádio Damarco Parrásio, herói olímpico que assumiu a forma de lobo nove anos após um sacrifício a Zeus Liceu, lenda atestada pelo geógrafo Pausânias.
       Segundo lendas mais modernas, para matar um lobisomem é preciso acertá-lo com artefatos feitos de prata.
       As pessoas conhecem o licantropo na forma humana através de comportamentos estranhos, como mudança de comportamento, misteriosa e quase sempre com olhos cansados(olheira), o licantropo na forma humana é uma pessoa muito atenta as outras, sempre desconfiando de tudo como por exemplo, tem muito medo de ser descoberta a humanidade que é uma aberração, porém é muito protetora em forma humana.
        Em algumas regiões, o Lobisomem se transforma à meia noite de sexta-feira, em uma encruzilhada. Como o nome diz, é metade lobo, metade homem. Depois de transformado, sai à noite procurando sangue, matando ferozmente tudo que se move. Antes do amanhecer, ele procura a mesma encruzilhada para voltar a ser homem.          Em algumas localidades diz-se que eles têm preferência por bebês não batizados. O que faz com que as famílias batizem suas crianças o mais rápido possível.         No interior do estado de Rondônia, o lobisomem após se transformar, tem de atravessar correndo sete cemitérios até o amanhecer para voltar a ser humano.  Há também quem diga que um oitavo filho que tem sete irmãs mais velhas se torna lobisomem ao completar treze anos. Também dizem que o sétimo filho de um sétimo filho se tornará um lobisomem.
         A lenda do lobisomem é muito conhecida no folclore brasileiro, e assim como em todo o mundo, os lobisomens são temidos por quem acredita em sua lenda. Algumas pessoas dizem que além da prata o fogo também mata um lobisomem. Outras acreditam que eles se transformam totalmente em lobos e não metade lobo metade homem.
          Algumas lendas também dizem que se um ser humano for mordido por um lobisomem, e não o encontrar a cura até a 12ª badalada desse mesmo dia, ficará lobisomem para toda a eternidade.
         Nos seus estudos sobre mitologia popular, o escritor e etnógrafo português Alexandre Parafita reconhece que, embora a designação sugira tratar-se de um ser híbrido de homem e lobo, muitas das crenças sobre esta criatura identificam-na na figura de cavalo, burro ou bode, consistindo o seu fadário em ir despir-se à meia-noite numa encruzilhada, espojando-se no chão, onde um animal já antes fizera o mesmo, após o que se transforma nesse animal para ir “correr fado”.
 A representação na figura híbrida de homem e lobo não é alheia ao desassossego que este animal provoca, desde tempos imemoriais, no inconsciente coletivo. Escreve este autor:
 “As comunidades rurais, ainda hoje o encaram como um animal cruel, implacável com os seres mais indefesos, inimigo de pastores, dos caminhantes da noite e pesadelo permanente das crianças que habitam nas aldeias mais isoladas. Não se estranha, por isso, que no fabulário popular o lobo apareça como símbolo do mal e que o conceito de lobisomem, enquanto produto da fantasia popular, possa ser considerado como uma tentativa de apresentar uma criatura onde se conjuga a ferocidade maléfica do lobo com as emoções, ora angustiosas, ora igualmente maléficas, do homem”.


Peeira

    Peeira ou fada dos lobos é o nome que se dá às jovens que se tornam nas guardadoras ou companheiras de lobos. Elas são a versão feminina do lobisomem e fazem parte das lendas de Portugal e da Galiza. A peeira tem o dom de comunicar e controlar alcateias de lobos.
Um extenso relato sobre o lobisomem fêmea português encontra-se nas Travels in Portugal de John Latouche (London, [1875], p. 28-36).
Camilo Castelo Branco escreveu nos Mistérios de Lisboa: "A porta em que bateu o padre Diniz comunicava para a sala em que estavam duas criadas da duquesa, cabeceando com sono, depois que se fartaram de anotar as excentricidades de sua ama, que, a acreditá-las, há cinco anos que cumpria fado, espécie de Loba-mulher, ou Lobis-homem fêmea, se os há, como nós sinceramente acreditamos." (Vol.I, Porto, 1864, p. 136).

Corredor

O corredor é a pessoa que tem que correr o fado. O corredor é um ser mutante, pode assumir a forma de lobo, de cão ou outro animal. Quando se encontra um para quebrar o fado deve-se fazer sangue, isto é, fazê-lo sangrar.


Tardo

O Tardo é uma espécie de duende, um ser mutante que assume formas de animais mas que pode transformar-se num lobisomem se ao fim de sete anos se não lhe quebrarem o fado.

Corrilário

Os corrilários são as almas penadas em figura de cão. Se um lobisomem morre antes de terminar o seu fadário, depois de morto termina os seus dias como corrilário.

Cumacanga

 

   Cumacanga é uma personagem do folclore brasileiro. O Lobisomem, cuja cabeça se solta do corpo, e o qual denominam Cumacanga, é sempre a concubina de um padre ou a sétima filha do seu amor sacrilégio. O corpo fica em casa e a cabeça, sai, sozinha, durante a noite de sexta-feira, e voa pelos ares como um globo de fogo (Santana Néri, Folk-Lore Brésilien, Paris, 1889).
Curucanga:

"Quando qualquer mulher tem sete filhas, a última vira Curacanga, isto é, a cabeça lhe sai do corpo, à noite, e em forma de bola de fogo, gira à toa pelos campos, apavorando quem a encontrar nessa estranhar vagabundeação. Há, porém, meio infalível de evitar-se esse hórrido fadário: é a mãe tomar a filha mais velha para madrinha da ultimogênita". (Basílio de Magalhães, Folclore no Brasil).

 A Cumacanga é do Pará, e a Curacanga, idêntica, é do Maranhão. A cabeça luminosa é um elemento comum aos mitos do fogo, punição, encanto, indicação de ouro ou contos etiológicos. Os indígenas caxinauás e panos do território do Acre explicam a origem da Lua como uma cabeça que subiu aos céus (Capistrano de Abreu, Rã-Txã-Hu-Ni-Ku-Í, Rio de Janeiro, 1941).

A Dama Verde

 

Tanto a Inglaterra quanto a Escócia conhecem bem a fama da Dama Verde, uma criatura completamente bizarra que é metade mulher, metade cabra, com sua pele em tons de verde e cinza e cabelos louros e compridos a ponto de quase esconder sua parte cabra. A Dama é capaz de mudar de formas quantas vezes quiser, por isso é considerada muito traiçoeira.
        Ela costuma ser muito ardilosa e é capaz de confundir suas vítimas sem que elas percebam que estão sendo enganadas. Entre os truques usados pela Dama estão desviar caminhos, rotas e trilhos de trem e atirar objetos em pedestres. Isso tudo, claro, para que ela possa rir de suas vítimas à vontade.
           A história mais comum a respeito da origem da Dama Verde diz que ela foi uma pessoa da nobreza que foi morta por um de seus serviçais e colocada dentro de uma chaminé. Para agradar à fantasma basta oferecer a ela um bom copo de leite.

Marimanta

Imagem por http://pt.gde-fon.com/
 


A Maria da manta é um ser mítico do folclore português.
Ela surge como uma entidade malévola e assustadora do sono, um monstro com cornos e lume nos olhos que mora nos rios lagos e poços. Segundo as lendas, ela atrai as crianças que se aproximam destes lugares aquáticos e afoga-as. Enquadra-se num conjunto de criaturas chamado Medos ou Papões, por serem utilizados pelos pais e educadores para assustar as crianças, procurando limitar o seu raio de ação para prevenir que aquelas se aproximassem de locais perigosos. No caso da Maria da Manta, os rios, ribeiras, lagos e charcas eram os locais perigosos a evitar. 
            Leite de Vasconcelos diz que a Maria-da-Manta é uma "evidente transformação de uma antiga divindade." Também conhecida como Marimanta em mirandês e na Galiza. Em Badajoz celebra-se a queima da Marimanta.

    "Maria da manta
    tem os boches na garganta
    Tem lume nos olhos
    E lenha nos cornos
   Tem leite nas tetelioilas
    Corre montes e vales
    E pés de altares
    E mata meninos aos pares".


Outro ser semelhante à Maria da Manta é Maria Da Grade, que teria sua reminiscência das ninfas pagãs. Segundo a crença popular, habita nos rios, lagos e poços, atrai e afoga as crianças que se aproximam destes lugares.



Fonte:

Ame-Onna

 

A Ame-onna é uma entidade feminina que aparece durante as tempestades e as noites de chuva, e as histórias quanto à sua origem e às suas aparições variam de região para região.
Para alguns, a Ame-onna seria o próprio espírito da chuva, sendo assim uma yousei. Na China, ela é chamada de Yao Ji, a Deusa da Montanha Wushan.
         Uma antiga lenda chinesa conta que Yao Ji era a vigésima terceira filha da Rainha-Mãe do Oeste. Ela era inteligente, bondosa, de temperamento ativo. Não conseguindo mais suportar a pacata vida no palácio celestial, ela o deixou, voando pelos céus. Ela voou sobre milhares de montanhas e viu muitas cenas maravilhosas do mundo dos humanos. Mas quando ela chegou às neblinas que encobriam a Montanha Wushan, ela viu doze dragões causando problemas às pessoas e viu Yu, O Grande, tentando controlar as águas do Rio Amarelo, que estava inundando a região. Admirada pela determinação de Yu, Yao Jin decidiu ajudá-lo.
       Do topo de uma nuvem, ela apontou para os dragões. Trovões começaram a ressoar, causando o tremor da terra e das montanhas. Quanto tudo se acalmou, os corpos dos doze dragões haviam se transformado em doze enormes montanhas. Yu subiu ou topo da Montanha Wushan para expressar sua gratidão para com Yao Ji, mas tudo o que ele viu foi uma singela pedra delgada, erguida em direção aos céus. A rocha ficou conhecida como o “Pico da Deusa”, e, desde então, contam que Yao Ji aparece pela manhã como nuvem e à noite como chuva naquela Montanha.
         No Japão, dizem que a Ame-onna é uma yurei, sendo o espírito de uma mulher que perdeu seu filho em uma noite de chuva. Outros contam que é o espírito de uma mulher que sequestra as crianças durante a noite.

Lâmias

 


Na mitologia grega, Lâmia era uma rainha da Líbia que tornou-se um demônio devorador de crianças. Chamavam-se também de Lâmias, monstros, bruxas ou espíritos femininos, que atacavam jovens ou viajantes e lhes sugavam o sangue. Diversas histórias são contadas a respeito de Lâmia. Sua aparência também varia de lenda para lenda. Na maior parte das versões, contudo, seu corpo, abaixo da cintura, tem a forma de uma cauda de serpente.


Mitologia greco-romana

 De acordo com a versão mais corrente, Lâmia era uma belíssima rainha da Líbia, filha de Poseidon e amante de Zeus, de quem concebeu muitos filhos, dentre os quais a ninfa Líbia. Hera, mulher de Zeus, corroída pelos ciúmes, matava seus filhos ao nascer e, ao final, a transformou em um monstro (em outras versões Lâmia foi esconder-se em uma caverna isolada e o que a transformou em um monstro foi seu próprio desespero). Por fim, para torturá-la ainda mais, Lâmia foi condenada por Hera a não poder cerrar os olhos, para que ficasse para sempre obcecada com a imagem dos filhos mortos. Zeus, apiedado, deu-lhe o dom de poder extrair os olhos de vez em quando para descansar.

Outras mitologias


   Segundo opinião bastante difundida, a Lâmia mitológica serviu de modelo para as Lâmias (Lâmiae em latim), ora descritas como bruxas, ora como espíritos e ora monstros, humanos da cintura para cima, mas com caudas de serpente. As Lâmias atraíam os viajantes expondo os belos seios e emitindo um agradável cicio, para depois matá-los, sugar seu sangue e devorar seus corpos.
        Com frequência a Lâmia é descrita nos bestiários de outras culturas como criaturas de natureza selvagem e maligna, com garras nas patas dianteiras, cascos nas patas traseiras, rosto e busto femininos e o corpo coberto de escamas. Também é associada à Lilith da mitologia hebraica. Nos folclores Neo-Helênico, Basco e Búlgaro podem ser encontradas lendas sobre Lâmias, herdeiras da tradição clássica.

 Na mitologia basca, as Lâmias ou Lamiaks são gênios com pés e garras de ave e cauda de peixe. Quase sempre femininos e de admirável beleza, moravam nos rios e fontes, onde costumavam pentear suas longas cabeleiras. São em geral amáveis, mas ficam enfurecidas se alguém rouba seus peixes. Às vezes, se apaixonam por mortais, e até, têm filhos com eles, mas não podem se casar.
        No folclore búlgaro as Lâmias são criaturas misteriosas, geralmente femininas, com muitas cabeças, que, se cortadas podem se regenerar (como a Hidra de Lerna). Vivem em cavernas ou no subsolo e atormentam os povoados, alimentando-se de sangue humano ou devorando mulheres jovens.


Phi Tai Hong - os mortos sem descanso

 

  Quando esse nome é dito na Tailândia, todo mundo já sabe do que se trata: Phi Tai Hong pode ser qualquer pessoa que tenha morrido de forma violenta ou enterrada sem passar pelos rituais corretos. Essas pessoas tendem a virar terríveis fantasmas que voltam para assombrar a vida na Terra. Um dos fantasmas mais conhecidos é o de uma mulher grávida, que tem a força dela somada à do filho não nascido.
      Os lugares com mais registros de Phi Tai Hong são aqueles onde houve guerras, catástrofes e casos de muitas mortes em sequência. Os moradores chegam a construir santuários nessas regiões, na tentativa de espantar os fantasmas indesejados.
     Essas assombrações costumam ficar perto do local onde foram enterradas e têm preferência por pessoas mais jovens. O pobre coitado que passar ao lado de um Phi Tai Hong vai, certamente, ser morto. Só para você ter ideia, livros legislativos do século 14 ordenavam que, em casos de assassinato, a vítima deveria ser enterrada no quintal da casa do assassino, para que assim ela pudesse assombrá-lo durante a vida. Está aí um bom castigo.

Futa-kuchi-onna

Futa-kuchi-onna é um youkai japonês. O nome origina-se da junção de três kanjis que significam "dois", futa; "boca", kuchi e "mulher", onna . Caracterizam-se por terem duas bocas, a normal e uma outra na nuca, por debaixo do cabelo, onde o crânio da mulher se divide, formando lábios, dentes e língua, criando uma segunda boca. Na mitologia japonesa e no folclore, a futa-kuchi-onna pertence à mesma classe de histórias que a rokurokubi, kuchisake-onna e a yama-uba, mulheres amaldiçoadas ou com doenças sobrenaturais que as transforma em youkai. A natureza sobrenatural das mulheres nestas histórias é geralmente mantida em segredo até o último minuto, quando o sua forma verdadeira é revelada. Como se não fosse ruim o bastante, a boca exige comida e se não for alimentada, grita e causa grande dor à mulher. Finalmente o cabelo da mulher começa a mover-se à semelhança de serpente, permitindo que a boca se alimente. 



Uma futa-kuchi-onna é uma mulher que deixa o filho de um casamento anterior de seu marido morrer de fome enquanto alimenta sua própria prole; presume-se que o espírito da criança negligenciada aloje-se no corpo da sua madrasta para vingar-se. Em outra versão da história a boca extra é formada quando uma mulher é ferida acidentalmente na cabeça pelo machado de seu marido enquanto ele corta madeira e a ferida não se cura. Outra versão ainda diz que a futa-kuchi-onna é uma mulher que nunca come, procurada como esposa por um homem avarento. Enquanto nenhum alimento passa através de seus lábios normais, a boca na sua nuca consome duas vezes o que outra consumiria.


A esposa faminta

 


Esta é a versão mais comum da história de uma futa-kuchi-onna: em uma pequena vila vivia um homem avaro que mantinha-se solteiro por não poder pagar pelo alimento de uma esposa. Um dia ele encontrou uma mulher que não comia a qual tomou por esposa imediatamente. Como nunca comia e ainda trabalhava duro, o velho ficou muito satisfeito com ela, mas por outro lado, notou que seus estoques de arroz estavam diminuindo. Um dia o homem fingiu sair para o trabalho, mas permaneceu escondido para espionar sua esposa e viu horrorizado seus cabelos levarem o arroz até a boca na nuca dela como tentáculos.

Yurei

 

 Yurei é um tipo de fantasma ou assombração tipicamente oriental, presente mais frequentemente no folclore japonês. Normalmente o Yurei é do sexo feminino, embora existam fantasmas dessa natureza que sejam do sexo masculino. A aparência de muitos é andrógina, tornando-se difícil discernir características de gênero. Tradicionalmente eles vestem roupas brancas esvoaçantes, quimonos, mantos ou capas longas que chegam a arrastar no chão e tem, em contraste, cabelos muito escuros, lisos e compridos que tampam o rosto ocultando suas feições. Por vezes, o rosto permanece transfigurado em uma expressão de dor, medo ou desespero da qual o yurei não consegue se dissociar. A face é como se fosse uma máscara de cera, trans-fixada numa expressão pétrea de horror e quando vista pela primeira vez causa choque e repulsa. A pele deles é muito branca, não apenas pálida, incrivelmente alva, como neve. Os olhos, a língua, lábios e unhas assumem uma coloração arroxeada, podendo se tornar mais escura até negras. Alguns possuem marcas pelo corpo, que evidenciam as causas de sua morte. Um yurei surgido a partir de um enforcamento terá manchas de ligadura ao redor do pescoço e sua cabeça irá pender em um ângulo incomum. Um ferimento de bala irá surgir como uma mancha escura que escorre eternamente uma substância vaporosa. Enquanto um afogado irá expelir água em profusão pela boca e narinas. 


Os yurei são espíritos presos a algum lugar ou objeto. Eles não conseguem se afastar ou esquecer de suas paixões quando vivos e permanecem ligados a elas através de sua existência amaldiçoada. Às vezes, eles estão em algum tipo de missão de vingança e não conseguem descansar enquanto esta não for cumprida. Esses espíritos vingativos, são conhecidos como Onyro e são considerados os mais perigosos, por serem implacáveis e incansáveis no seu intento.  Segundo o folclore japonês, o Yurei surge a partir de uma morte violenta carregada de poderosas emoções, em especial assassinatos e suicídios. Se um reikon (o equivalente japonês da alma ou espírito) se torna obcecado pelo ódio, sofrimento ou ciúme, ele pode cruzar de volta o portal que divide o mundo material do espiritual, tornando-se um yurei. Mulheres são mais frequentemente descritas como yurei porque a sociedade oriental as consideram bem mais emotivas do que os homens e portanto mais propensas a experimentar emoções profundas.     Diferentemente dos fantasmas ocidentais que parecem ter limites quanto a interagir com o mundo material, os Yurei não tem problemas quanto a atuar no mundo dos vivos. Eles conseguem falar livremente, manipular objetos físicos e incidir sobre uma determinada área como se fossem uma entidade corpórea. Fantasmas ocidentais também são passíveis de exorcismo, enquanto os yurei não são repelidos ou banidos por nenhum tipo de ritual religioso. A despeito de poder estabelecer uma comunicação inteligível com os vivos, os Yurei raramente o fazem. Suas intenções também ficam claras desde o início: se o intento de um yurei é obter vingança de seu algoz, ele não irá assustá-lo ou assombrá-lo, ao invés disso o matará na primeira oportunidade. Quando furiosos - sua condição habitual, os yurei se tornam especialmente perigosos atacando qualquer pessoa que esteja em seu caminho, não apenas aqueles de quem eles desejam se vingar. Eles podem agir como assassinos indiscriminados.  Uma característica comum aos yurei diz respeito ao seus longos cabelos. A aparição dessas criaturas é antecipada por uma enorme quantidade de cabelo surgindo do nada, seja em ralos de pia, no chão ou na boca de suas vítimas. Os yurei parecem ter uma relação com seu cabelo, como se ele fosse uma aspecto físico de seu ser. O espírito é capaz de estender o cabelo a qualquer comprimento, fazendo-o crescer ou encolher como bem entender. O cabelo sempre parece molhado ou úmido e muitas vezes se move sozinho como se fosse algo vivo.

Como fantasmas, Yurei são entidades sobrenaturais que ignoram as convenções do mundo natural. Eles são capazes de andar no teto ou nas paredes, desafiando a gravidade, podem se mover com grande rapidez transformando-se num borrão a medida que cruzam distâncias em um piscar de olhos. Eles são capazes de desaparecer nas sombras e surgir em outro canto de uma sala. O movimento dos yurei é desconjuntado e vacilante, suas pernas e braços se movem em ângulos estranhos e não é incomum vê-los andando de quatro, engatinhando ou se arrastando sofregamente. Uma vez que eles não fazem parte do plano material, seu estado geral é de semi-materialidade. Raiva, ódio, medo e outros sentimentos concedem a ele atributos materiais, isso significa dizer que o yurei precisa estar sentindo uma forte emoção para conseguir ferir um alvo. Em contrapartida, eles se tornam incorpóreos para serem tocados quando estão enraivecidos. A aparência física dos yurei também é passível de mudanças drásticas. O folclore nipônico ressalta que esses espíritos podem assumir a aparência que tinham em vida por alguns instantes (o suficiente para enganar ou ludibriar uma pessoa). Eles também podem assumir uma aparência cadavérica repulsiva ou fazer suas feições derreterem como se fossem feitas de cera derretida. Eles tem plena consciência que essas demonstrações causam reações emocionais nos vivos e tendem a usá-las para desestabilizar.
Não é possível racionalizar com um yurei e é justamente isso que o torna especialmente perigoso. Eles não desistem, não aceitam e não se curvam, mesmo que se prove que seu intento é errado ou enganoso. Por exemplo, mesmo que uma pessoa prove a um yurei que não tinha intenção de provocar sua morte e que tudo decorreu de um acidente, a assombração não irá aceitar essa constatação. A carga emocional que os transforma em mortos-vivos, faz com que eles ganhem uma certeza imutável. Yurei não são capazes de mudar esse status. As emoções cruas que permitem sua existência, ardem para sempre. Mesmo após obter sua vingança, as emoções prosseguem em constante ponto de ebulição. Nada pode aplacar essas emoções, não há descanso ou limite.


 *Fonte:http://mundotentacular.blogspot.com.br/2013/07/yurei-as-aterradoras-assombracoes.html

A menina da lacuna

 

Algumas casas japonesas têm muitas lacunas e rachaduras espalhadas por todos os cômodos. E nesses lugares vive um espírito maligno em forma de uma garota. Ela está entre os móveis, as portas ou gavetas e está sempre à procura de alguém para brincar com ela. Se ela te encontrar, pedirá para brincar de esconde-esconde. Se você aceitar a brincadeira, na segunda vez que olhar para os olhos da menina dentro de uma lacuna, você será levado para outra dimensão (ou para o inferno, já que ninguém nunca voltou para relatar).
 

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