Cumacanga

 

   Cumacanga é uma personagem do folclore brasileiro. O Lobisomem, cuja cabeça se solta do corpo, e o qual denominam Cumacanga, é sempre a concubina de um padre ou a sétima filha do seu amor sacrilégio. O corpo fica em casa e a cabeça, sai, sozinha, durante a noite de sexta-feira, e voa pelos ares como um globo de fogo (Santana Néri, Folk-Lore Brésilien, Paris, 1889).
Curucanga:

"Quando qualquer mulher tem sete filhas, a última vira Curacanga, isto é, a cabeça lhe sai do corpo, à noite, e em forma de bola de fogo, gira à toa pelos campos, apavorando quem a encontrar nessa estranhar vagabundeação. Há, porém, meio infalível de evitar-se esse hórrido fadário: é a mãe tomar a filha mais velha para madrinha da ultimogênita". (Basílio de Magalhães, Folclore no Brasil).

 A Cumacanga é do Pará, e a Curacanga, idêntica, é do Maranhão. A cabeça luminosa é um elemento comum aos mitos do fogo, punição, encanto, indicação de ouro ou contos etiológicos. Os indígenas caxinauás e panos do território do Acre explicam a origem da Lua como uma cabeça que subiu aos céus (Capistrano de Abreu, Rã-Txã-Hu-Ni-Ku-Í, Rio de Janeiro, 1941).

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