Onryo

 

 

Do Folclore Japonês, Onryo seria um espírito vingativo, que por estar cheio de ódio, não conseguiu seguir adiante, por isso, ele aterroriza os vivos, sem fazer distinção entre as pessoas. Muitas vezes, ele retorna para se vingar de alguém que lhe fez mal, mas, independente de encontrar ou não quem lhe machucou em vida, ele desconta sua ira em qualquer um que se puser em seu caminho.

       Comumente são descritos com a pele pálida, vestindo-se de branco, e com longos cabelos negros cobrindo seu rosto. Em sua maioria, são mulheres, mas também existem homens entre os onryos. 

      Um Onryo pode possuir uma pessoa como mostra o primeiro registro  de possessão por um Onryo, afetando a saúde de sua vítima, que é encontrado na crônica Shoku Nihongi, que afirma que Fujiwara Hirotsugu feriu Genbo até a morte (Hirotsugu morreu em uma insurreição fracassada, chamada Rebelião Fujiwara no Hirotsugu, após falhar em remover seu rival, o sacerdote Genbo do poder).

     Tradicionalmente no Japão, os onryo movidos pela vingança eram considerados capazes de causar não apenas a morte de seu inimigo, como no caso do espírito vingativo de Hirotsugu, considerado responsável pela morte do sacerdote Genbo, mas também de causar desastres naturais como terremotos, incêndios, tempestades, seca, fome e pestilência, como no caso do príncipe Sawara, amargurado contra seu irmão, o imperador Kanmu. Na linguagem comum, essa vingança exigida por seres sobrenaturais é denominada tatari.

     O imperador Kanmu acusou seu irmão Sawara, possivelmente falsamente, de conspirar para removê-lo como rival ao trono, e o último exilado morreu por jejum. A razão pela qual o imperador mudou a capital para Nagaoka-Kyo e daí para Kyoto foi uma tentativa de evitar a ira do espírito de seu irmão. Sem sucesso, o imperador tentou acabar com a maldição, apaziguando o fantasma de seu irmão, realizando rituais budistas e concedendo ao príncipe Sawara, o título póstumo de imperador.

       Possivelmente o onryo mais famoso é Oiwa, do Yotsuya Kaidan. Nessa história, o marido permanece ileso; no entanto, ele é o alvo da vingança do onryo. A vingança de Oiwa sobre ele não é uma retribuição física, mas sim um tormento psicológico.

          Outros exemplos incluem:


1. Como a esposa de um homem se tornou um fantasma vingativo e como sua maldade foi desviada por um mestre em adivinhação; nesse conto da coleção medieval, Konjaku Monogatarishu, uma esosa abandonada é encontrada morta com a cabeça cheia de cabelo intacta e os ossos ainda presos. O marido temendo a retribuição de seu espírito, pede ajuda a um adivinho. O marido deve resistir enquanto agarra seus cabelos e monta em seu cadáver. Ela reclama da carga pesada e sai de casa para procurar o marido, mas depois de um dia, ela desiste e volta, após o que o adivinho consegue completar seu exorcismo com um encantamento.


2. De uma promessa quebrada; Nesse conto da área de Izumo, registrado por Lafcadio Hearn, um samurai jura à sua esposa moribunda que nunca mais se casará. Ele logo quebra a promessa, e o fantasma vem primeiro avisar, depois assassinar a jovem noiva, arrancando sua cabeça. Os vigias que foram adormecidos persegue a aparição e, com um golpe de espada enquanto recitam a oração budista, a destroem.


Fonte:

Wikipédia

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